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Armando Mendes

Rumo ao infinito

Mão amiga fez-nos chegar, a nosso pedido, uma análise em curso à dívida pública dos Açores, sendo que os dados já apurados são no mínimo muito interessantes.
Por exemplo:

- De 2000 (248 MEuros) a 2024 (3 292 MEuros), a dívida bruta dos Açores cresceu 13,3 vezes;

- considerando que a primeira Lei de Finanças Regionais foi aprovada em 1998, poder-se-á concluir que desde a sua aprovação até finais de 2024, a dívida em causa terá crescido cerca de 15 vezes (mesmo tendo em consideração que o perímetro da dívida pública nem sempre foi o mesmo, mas também a dívida comercial se agravou nesta série).

Note-se que a dívida pública açoriana foi perdoada em 80 por cento em 1997. À altura, a região, entre outros problemas, debatia-se com mais um calote de Lisboa, no caso relativo à assunção de 50 por cento dos juros dos empréstimos para a reconstrução pós-sismo de um de janeiro de 1980. No contrato feito, os sinistrados não pagavam juros, a banca assumia metade e o estado a outra metade, através de transferências para as finanças regionais, o que nunca ocorreu. O perdão da dívida teve em conta esse problema, que em 1997 já ascendia a mais de doze milhões de contos (mais ou menos sessenta milhões de euros à altura).
O que se verifica nos dados que estão a ser analisados (fonte: Banco de Portugal) é que a dívida açoriana entrou em velocidade de "foguetão para Lua" em 2003 (278 MEuros) e a alunagem parece não estar no horizonte.

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