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Almirante Jorge Nobre de Sousa dá exemplo da Gronelândia

Novo chefe da Marinha defende
reforço de meios nos Açores


 Fragata. Álvares Cabral deve ficar em alguns períodos nos Açores

Defesa. Em entrevista ao "Expresso", o chefe do Estado-Maior da Armada diz que não há vazios de poder e que Portugal deve ocupar o seu espaço.

O novo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Jorge Nobre de Sousa, defende um reforço de meios nos Açores.
Numa entrevista concedida ao semanário "Expresso", questionado sobre se Portugal consegue proteger o espaço marítimo açoriano, Jorge Nobre de Sousa respondeu que "os riscos têm enquadramentos diferentes, seja na Gronelândia, seja nos Açores, mas há uma questão que as relações internacionais nos têm demonstrado: não há vazios de poder".
"Se nós não ocuparmos o espaço que é obrigação nossa por dever de soberania, alguém o fará com maior probabilidade de sermos depredados, de aumentarem os riscos. Temos que ter mecanismos que nos permitam, nos espaços marítimos, exercer a autoridade do Estado. Há países que, na vertente da responsabilidade, não conseguem exercer a busca e salvamento. A Marinha e a Força Aérea, terão de ter um papel relevante nesse sentido", sustentou.
Questionado sobre se o caminho é reforçar "o dispositivo nos Açores, na Terceira, com uma fragata em permanência, mais um navio patrulha e um avião de vigilância P3 Orion", o chefe de Estado-Maior da Armada respondeu: "Para o ano tenciono começar, periodicamente, numa base de experiência, a ter uma fragata que será, em princípio, a 'Álvares Cabral', pela atual configuração, em determinados períodos nos Açores".
Explicou que a Marinha chegou a ter duas corvetas em permanência nos Açores. "Entretanto, as corvetas foram atingidas a idade, foram abatidas ao efetivo. O meu dispositivo de navios patrulha oceânicos, neste momento, ainda não é suficientemente robusto para termos dois navios em permanência nos Açores, mas para o ano que vem, tenciono começar a usar um modelo em que há períodos com uma fragata e depois um navio patrulha oceânico. Seria um excelente sinal se eu conseguisse ter lá dois navios em permanência no fim do meu mandato", prosseguiu.

Objetivo
é ter dois
navios
na Região

Acrescentou, na mesma entrevista, que "seria muito importante ter a possibilidade de receber lá um submarino, sobretudo se viermos a dispor de mais submarinos".
O novo chefe de Estado-Maior da Armada abordou também o atual momento da NATO e o investimento em Defesa. "Obviamente, qualquer comandante militar pretenderá sempre ter todos os meios que considera necessários para o cumprimento da sua missão. Mas também são poucos os privilegiados que os têm. A maior parte dos comandantes militares têm de operar, planear e responder pelo que lhes for determinado pelo poder político. Ao assumir o comando, recebi uma Marinha pensada e planeada para vir a ser edificada com um conjunto de capacidades coerente que responderá às necessidades da Aliança Atlântica", adiantou.
O almirante adicionou que a "sociedade começa aganhar consciência da importância de haver reforço financeiro para a área da Defesa" e que "qualquer que venha a ser o Governo vai ter que olharpara este tipo de compromissos com seriedade".

 

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